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Empresa de bilionário da Inteligência Artificial faz leitura da íris, chamada na rua de “venda do olho”, e cadastrou mais de 400 mil em SP

São Paulo – Um projeto desenvolvido por bilionários da Inteligência Artificial tem levado milhares de pessoas a formar fila em São Paulo para receber moedas virtuais que podem render em torno de R$ 600, em troca da leitura da íris, que é uma informação única, como a impressão digital.

A “venda do olho”, como tem sido descrita pelo povão, já levou mais de 400 mil pessoas a encararem as máquinas, muitas vezes ignorando os riscos apontados por especialistas em segurança digital.

Desde caravana familiar até quem levou a própria mãe, octogenária, para se submeter à máquina e faturar as 48 moedas do criptoativo Worldcoin, de cotação flutuante, sem lastro e equivalentes, no início da semana a US$ 92 (R$ 555). Especialistas apontam que os dados referentes à íris são sensíveis, por se tratar de uma identificação única, e apontam riscos da prática.

O que é?


Chamado de Tools for Humanity (ferramentas para a humanidade), o projeto foi desenvolvido pela empresa World, com participação do bilionário Sam Altman, fundador da Open AI, do ChatGPT;


Segundo os responsáveis, trata-se de uma iniciativa para provar que determinada pessoa é, de fato, um ser humano, e não um robô, ao usar a internet. Isso se daria pela leitura presencial da íris, que é um dado único, como as digitais, aumentando a segurança na internet;


O projeto já foi proibido em países como Espanha e Alemanha, que têm dúvidas sobre as reais intenções da empresa e a capacidade de uma pessoa revogar a permissão para uso de suas informações, caso se arrependa;


No Brasil desde novembro, está sob investigação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que ainda não deu um parecer a respeito;


Para especialistas, não está suficientemente claro como a empresa privada vai tratar os dados que foram coletados, fora os problemas éticos que envolvem, por exemplo, a dificuldade de uma pessoa ter informação suficiente para decidir a respeito do compartilhamento ou não dessas informações.

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